segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Justiça Ambiental 2

Bom dia a todos,

Continuo hoje a série sobre Justiça Ambiental. Apesar da "tradição" brasileira de fortes desigualdades sociais, a temática da justiça ambiental ainda é um campo em construção entre as universidades, centros de pesquisas, movimentos sociais e Estado. A temática chegou mesmo a ser confundida com uma subdivisão especializada da justiça (uma vara de justiça específica para tratar assuntos ambientais). Algumas concepções equivocadas (que, quase sempre, são propositais) dificultam o entendimento do conceito de justiça ambiental. Um produtivismo generalizado, pelo qual o meio ambiente é colocado em oposição à sobrevivência do trabalhador, além de uma visão de que os problemas ambientais são "democráticos" e atingem de forma indistinta a todos, se constituem em dificuldades para o entendimento do conceito e para sua defesa por grande parte da sociedade. Assim, um pensamento de resignação perante os males trazidos pelo modelo atual de desenvolvimento, como se esses fossem invitáveis limita o reconhecimento de que parte da população (as classes populares) é atingida duramente pelo "efeitos colaterais" do processo de produção e de apropriação do espaço.
Nossa postagem anterior é um exemplo típico desse fato, assim como as mortes de pessoas no Morro do Bumba em Niterói, RJ ou mesmo as várias "fatalidades" ocorridas final do ano passado/início desse ano na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Abaixo fotos da turma 801 que mostram esgoto industrial, lixo, esgoto doméstico, tudo isso misturado a produção da riqueza em Campos Elíseos.



Referências

HERCULANO, Selene. Resenhando o debate sobre justiça ambiental: produção teórica, breve acervo de casos e criação da rede brasileira de justiça ambiental. In: Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente. N. 5, p. 143-149, jan/jun, 2002. Ed. UFPR.
LOUREIRO, C. F. B.; BARBOSA, G. L.; ZBOROWSKI, M. B. Os vários "ecologismos dos pobres" e as relações de dominação no campo ambiental. In: LOUREIRO; LAYRARGUES E CASTRO (Orgs.) Repensar a Educação Ambiental - um olhar crítico. São Paulo: Cortez, 2009. p. 81-118.
Abraço a todos,

Professor Marcio Douglas
Turma 801.

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Abraço,

Prof. Marcio Douglas