sábado, 1 de outubro de 2011

O que é justiça ambiental?

Bom dia a todos,

Iniciamos hoje uma série de postagens semanais sobre o conceito de justiça ambiental e sua aplicação nas situações de desigualdade socioambiental na Baixada Fluminense.
O conceito de justiça ambiental desenvolveu-se a partir das lutas por direitos civis da população negra dos Estados Unidos na década de 1960. As populações mais pobres (em sua maioria negra), percebeu que os resíduos tóxicos proveniente da industria, sobretudo química, estavam sendo depositados em seu território. Pois bem, essa constatação gerou uma série de protesto e culminou com a  construção de um novo campo denominado justiça ambiental, que congrega toda uma produção teórica crítica sobre a distribuição desigual dos riscos provenientes desse modelo de desenvolvimento.
No Brasil onde a desigualdade é parte inquestionável da estrutura social, agregou-se ao conceito de justiça ambiental a luta por inclusão das populações de baixa renda em suas diversas faces. ONGs, Movimentos Sociais. Universidades e Centros de Pesquisa são importantes peças na luta contra o que chamamos de "injustiça ambiental".
"Entende-se por Injustiça Ambiental o mecanismo pelo qual sociedades desiguais destinam a maior carga de danos ambientais do desenvolvimento a grupos sociais de trabalhadores, populações de baixa renda, grupos raciais discriminados, populações marginalizadas e mais vulneráveis (HERCULANO, 2002)".
Na Baixada Fluminense casos de injustiça ambiental são bastante comuns. Alunos da turma 801/2011, ilustram um desses casas nas fotos que tiraram em Campos Elísios, próximo a suas residências. Perceba como o esgoto industrial de uma das fábricas do pólo petroquímico polui os rios causando um desconforto ambiental, refletido no mal cheiro, insetos, doenças, dentre outros, aos moradores do seu entorno.

Referência:
HERCULANO, S. Resenhando o debate sobre justiça ambiental: produção teórica, breve acervo de casos e a criação da rede brasileira de justiça ambiental. In: Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente, nº. 5, p. 143-149, jan/jun. 2002. Editora UFPR.

Prof. Marcio Douglas
Turma 801 de 2011.

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Abraço,

Prof. Marcio Douglas