terça-feira, 3 de setembro de 2013

INPE - cenários futuros sobre o clima.

Boa Leitura,
Estão disponíveis na internet dados de cenários climáticos futuros produzidos pelo Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O portal “Cenários de Mudanças Climáticas Futuras” tem como objetivo apoiar as atividades de ensino em nível de graduação e pós-graduação, pesquisa e outras aplicações em meteorologia, hidrologia, saúde pública e meio ambiente. 

http://www.ecodebate.com.br/2013/09/03/inpe-disponibiliza-dados-de-cenarios-climaticos-futuros/

Mapa do medo e das injustiças socioambientais.

Caminhamos para o final do inverso. Vem chegando a temporada das chuvas, que é mais intensa em no final de dezembro, em janeiro e fevereiro. O interessante estudo mostra um mapa da vulnerabilidade socioambiental relacionada aos "eventos climáticos" no Rio de Janeiro.

Mapa de vulnerabilidade da população dos municípios do Estado do Rio de Janeiro frente às mudanças climáticas

by innyaccioly
Estudo aponta o município do Rio de Janeiro como o mais suscetível a sofrer os impactos das mudanças do clima previstas para os próximos 30 anos no Estado. Angra, Paraty, Petrópolis e Teresópolis destacam-se pela elevada vulnerabilidade ambiental.

Comitê Guandu: encontro com a sociedade civil.

Prezados,
É com grande satisfação que o Comitê Guandu vem por meio deste divulgar o evento “Encontro da Sociedade Civil com o Comitê Guandu - Ferramentas para Gestão Participativa” que tem por objetivo divulgar a existência e atuação do Comitê Guandu, bem como capacitar as instituições da Sociedade Civil a participarem, ativamente, nas decisões do Comitê, apresentando suas demandas e convergindo esforços em prol da conservação dos recursos hídricos da região.
s inscrições devem ser feitas até o dia 27 de setembro através do site http://www.comiteguandu.org.br/. É possível ainda, efetuar a inscrição individual ou institucional / pôster.
A O evento será realizado nos seguintes locais:
• No dia 10 de agosto, em Paracambi
Local: FAETERJ – Paracambi (Fábrica do Conhecimento) Endereço: Rua Sebastião de Lacerda, s/n Antiga Fábrica – Paracambi
• No dia 24 de agosto, em Piraí
Local: CEAMTEC - Colégio Estadual Affosina Mazzillo Teixeira Campos Endereço: Rua Campos Júnior, nº 250 – Centro – Piraí
• No dia 14 de setembro, em Queimados
Local: Centro Educacional Betel Endereço: Rua prof. Sampaio, 19 e 21 – Camarim – Queimados
• No dia 28 de setembro, em Itaguaí
Local: Teatro Municipal de Itaguaí Endereço: Rua Amélia Louzada, 311 – Centro – Itaguaí
Aproveitamos para encaminhar, em anexo, o livro, folder e filipeta do Comitê Guandu, a revista Guandu Verde e o flyer e banner do Evento da Sociedade Civil. Att, -- Kelly Ramos Auxiliar Administrativa AGEVAP UD6 Seropédica
(21) 8636-8629/ 3787-3729
Tel. :

Entrevista do Mês de Setembro

Bom dia a todos,
Inaugura esse mês de setembro/2013 uma série de entrevistas para discutirmos a educação ambiental crítica; a ecologia política e a justiça ambiental. Espero que sejam muito enriquecedoras.
Hoje trazemos entrevista com a professora Bárbara Dias, Licenciada em Ciências Biológicas, Especialista em Biologia Aquática e Mestre em Ensino de Ciências.  Professora da Rede Estadual de Educação do Rio de Janeiro, Educadora Ambiental no Programa Elos de Cidadania e autora do Blog Educação Ambiental Crítica (http://eacritica.wordpress.com).

blog: Fale de sua experiência, isto é, como você se constituiu em educadora ambiental?
Bárbara: Acho que sempre tive uma inclinação pelos assuntos ambientais, pois minha área de interesse e atuação na pesquisa de iniciação científica foi à ecologia. Como professora (desde 2006) vez ou outra eu idealizava e colocava em prática algum projeto de educação ambiental com minhas turmas de ensino fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Na graduação à distância do CEDERJ, trabalhei como Tutora Presencial e fui responsável pela disciplina de educação ambiental.
Em 2009 Participei de um Programa da Secretaria de Estado do Ambiente (o Elos de Cidadania) e tive contato com a possibilidade de desenvolver uma educação mais participativa e crítica, numa outra proposta que até então eu desconhecia: a educação ambiental crítica. No entanto, pelo menos no colégio que eu trabalho o projeto não foi adiante e fiquei meio frustrada... Essa experiência me deu ânimo de estudar mais sobre o assunto e decidi fazer o mestrado para pesquisar sobre essa proposta crítica em educação ambiental. Na mesma época criei o blog Educação Ambiental Crítica para divulgar alguns textos que eu escrevia e daí por diante...  Acho que tudo que reflito, teorizo e pratico se baseia (ou pelo menos tenta se basear) na proposta crítica de educação ambiental.
Após ter contato com a perspectiva crítica em educação ambiental, entendi a profundidade e a possibilidade de se desenvolver uma leitura mais completa e complexa, em relação aos problemas socioambientais.

blog: . Em sua opinião qual pode ser a colaboração da escola para a superação da crise ambiental?
Bárbara: Acho que a escola pode contribuir bastante com a reflexão dos estudantes para uma leitura mais crítica do mundo, dos problemas sociais e ambientais, levando-os a crítica ao sistema que é o gerador de todos esses problemas. No entanto, percebo que a escola é apenas mais um desses lugares, certamente os movimentos sociais organizados fazem bem esse movimento de crítica também.
Acho que qualquer possibilidade de se fazer a contraposição ao sistema é válida, ou seja, exercer a contra-hegemonia, mas para isso é preciso conhecer o sistema, para não reproduzi-lo... Voltando a escola: Será que esse lugar está preparado para isso? Será que os professores estão preparados para isso?

blog: De forma geral, como você analisa a educação ambiental praticada nas escolas atualmente?
Bárbara: Em geral MUITO conservadora, pois não pretende mudar o “status quo” da sociedade; individualista, pois está pautada apenas em mudanças de comportamentos individuais; reprodutivista, pois desenvolve projetos prontos, sem questionar, apenas aplica uma atividade pré-programada, repetindo fórmulas; e culpabilizadora, responsabiliza o cidadão comum pelos problemas socioambientais e não aponta os verdadeiros culpados, ou seja, aqueles que mais se apropriam dos recursos naturais e humanos de maneira desigual e devastadora.

blog: Crise ambiental ou crise socioambiental?
Bárbara: Com certeza crise socioambiental, acho que já até dei essa pista nas respostas acima. Inevitavelmente o que observamos é uma crise sistêmica, do sistema social, econômico em que desenvolvemos nosso modo de produção e consumo, o sistema capitalista. Que produz para além de produtos, exploração sobre o ambiente e sobre as pessoas.

blog: Indique alguma literatura interessante em educação ambiental.

Bárbara: Existem muitos autores indispensáveis para a construção de uma perspectiva crítica em educação ambiental, são eles: Carlos Frederico Loureiro, Mauro Guimarães, Isabel de Carvalho, Victor Novicki, Layrargues, Gustavo Ferreira da Costa Lima... Têm vários. Para as discussões relacionadas a crise do sistema do capital, que origina os problemas ambientais e sociais tem os autores críticos que fazem uma releitura de Marx como por exemplo o Mészáros que gosto bastante, porém, tenho ido na fonte também, ou seja, leituras “in natura” de Marx e Engels, nada mal para uma bióloga não é?

blog: Obrigado!